sábado, 13 de fevereiro de 2016

Trinta anos e uma história



Teve gente que como eu veio sozinho, veio para abraçar os amigos, dançar e cantar de novo junto com pessoas que foram importantes na sua juventude. Teve gente que veio com a família, trouxe os filhos para cantarem juntos e conhecerem os amigos daquela época. Teve gente que ficou quietinha, espiando e observando… certamente relembrando em silêncio. Tiveram outros que não pouparam abraços e risos dos encontros. Mas o fato é que tinha um tom diferente no ar. Seria um tom de nostalgia? Um tom de alegria? Ah! Era o Tom Bege de novo e a vontade de ser feliz mais uma vez!
Foi assim, com muita alegria e descontração que o então casal (Zezé e Samuel), que agora virou trio (Zezé, Samuel e Júlia) receberam os amigos para comemorarem os 30 anos do Tom Bege, o casarão antigo, bem no centro da cidade, decorado ao estilo “mineiro bom de noite” que abrigava a juventude arcoense nos anos oitenta e noventa. 
Era ali que tudo acontecia! Seja para "tomar uma” sozinho no balcão, encontrar os amigos, namorar tranquilo nas mesinhas do fundo, paquerar (Sim, naquela época nós paquerávamos!) ou simplesmente tomar um caldinho de feijão, Tom Bege era o nosso lugar. Quantos amores não começaram naquelas mesinhas? Quantos outros não acabaram ali também? Foi no Tom Bege que eu aprendi que “aquela angelical e fina flor do amor também pirou!”. Foi na varanda do Tom Bege que eu vi a noite acontecer e moçada dosarcos se divertir. Quantas histórias! Éramos felizes! E olha que nem existia celular e internet! 
Foi maravilhoso dançar de novo ao som de Andre Gouveia e cantar com ele a era de ouro da música brasileira; Kid Abelha, Paralamas, RPM  e todos os demais sucessos dourados da época. Foi delicioso tomar de novo o caldinho de feijão do Tom Bege, o precursor da iguaria. E foi emocionante ver Tia Carminha e Dona Zezé as matriarcas  da família Calácio e sempre presentes e atuantes no Tom Bege. 
Sim eu dancei de novo com Donizete Bernardes e posso dizer o quanto foi bom! Eu abracei e sorri de alegria ao rever pessoas queridas. Ainda que tenha sido tão breve, foi muito bom saber que você está bem! E foi muito bom também ver a nova geração cantando e dançando junto com a velha guarda.
É moçada o tempo passou para todos nós. Engordamos, perdemos os cabelos, mudamos com o tempo, fazer o quê? Acontece com todos! Mas em contrapartida está mais que provado que tivemos uma juventude tão gostosa e saudável que reviver é leve e prazeroso. Uma benção!
Parabéns e muito obrigada Zezé, Samuel e toda família Calácio por nos proporcionar um momento de tão grande alegria! Tenho certeza que lá da outra dimensão, o Sr. Zequinha aplaudiu de pé!


Leila Rodrigues

Publicado no JC Arcos em 13/02/2016
Foto oficial do Casarão onde funcionou o Tom Bege


Olá pessoal,

Escrever este texto foi uma alegria à parte. Uma viagem natural no tempo regada aos abraços dos amigos que revi. À família Calácio minha gratidão e carinho por participar deste momento. O Tom Bege é parte da nossa história!
Um dia todas as juventudes viram histórias para contar. Eu tenho a honra de contar a minha com um sorriso…


Grande abraço

10 comentários:

  1. Olá Leila!
    As lembranças da juventude rendem sempre ótimas histórias... Que bom, em seu caso, não ter sido apenas relembrado, mas revivido ao lado de amigos queridos!
    Um abraço.

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  2. E... quem nunca, não é mesmo Leila?
    Como é bom recordarmos tais momentos!
    É revigorante, agregador.
    Inclui-nos novamente nos momentos leves, românticos da nossa época.
    A tecnologia mais utilizada era o bate-papo e o olho no olho!
    Uma leitura feliz essa sua crônica. Obrigada, pela partilha!
    Abraço.

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  3. Que lindo e tudo que podemos contar com sorriso, vale a pena! Obrigadão e adorei a tua frase por lá! bjs, chica

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  4. Oi Leila
    Quanta alegria poder contar com um largo sorriso nos lábios a história de lindos momentos vivenciados e mais estar lá mais uma para reviver as doces lembranças
    Beijos e uma linda semana

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  5. Olá Leila,

    Este artigo me fez viajar no tempo.
    Delícia de reencontro e de lembranças.
    Penso que toda cidade do interior tem um lugar assim, como o Tom Bege, que, se falasse, teria muitas histórias para contar.
    Tempos inesquecíveis, que valem a pena ser lembrados e revividos, ainda que apenas por instantes.

    Obrigada pelo carinho lá no meu Recanto.

    Beijo.

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  6. Olá Leila posso imaginar a emoção do reencontro com um tempo de feliz idade. Hoje esta juventude transviada está sempre a promover estas reuniões porque foi uma época romântica, de ouro nos olhos encantados os deixando brilhantes.Recentemente tivemos um encontro de 30 anos da nossa turma da PUCMG, foi uma viagem.
    Uma linda semana com estas belas lembranças.
    Meu terno abraço mineiro de flor.
    Bjs de paz amiga.

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  7. Muito Bacana Leila, naõ pude participar da festa mas estive presente me eepírito. Fiz parte do TOM DAS PALAVRAS um dos bonitos eventos que realizamos no TOM BEGE, uma Coletânea de Poemas que se concretizou em um LIVRO em homenagem aos 45 anos de ARCOS. cujo poema foi de min ha autoria. Samuel deve ter um exemplar. parabéns pelo Belo texto. abç.

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  8. E bota juventude feliz naquela época! Éramos todos amigos, olho no olho, corações em festa. Agora a turma se reúne, mas cada um com seu Smarth... tão longe dos bares, das festinhas, dos amigos. Gostei do seu relato, eu também fui feliz. Que bom poder dizer isso.
    Beijo grande!

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