quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Sobre a eleição que vem aí



Sobre a eleição que vem aí 

Lá vamos nós, a grande procissão de cidadãos, exercer o que chamam de cidadania. Na grande fila somos todos iguais. Todos temos peso um. E todos estamos à mercê do que vencer. Incrédulos, perdidos e entregues à escolha da maioria. 
Aqui fora, brigam, trapaceiam e se estapeiam por causa de um e de outro. Não basta defender o seu lado, é preciso estragar o lado oposto. Não basta ter feito a sua escolha, é preciso, a todo custo, mudar as escolhas alheias. E assim, em nome de alguém que endeusam, desfazem amizades, negócios e acordos. Desfazem o que levou anos para ser construído. Um monte de cegos defendendo o que nunca viram de fato. 
E assim com qualquer paixão! Em nome das paixões defendemos bandeiras que não conhecemos na íntegra. Em nome das paixões criamos personagens. Vilões e heróis que vão nos salvar ou nos destruir por completo. No fundo sabemos que, entre mortos e feridos, vamos todos sobreviver. 
Fora os apaixonados, tem uma legião que apenas segue o curso do rio. Para esses, decidir é ainda mais difícil. 
Passaram tantos anos lutando pelo direito de escolha, para chegar o dia de escolher pelo menos pior. É assim que se sente quem não se sentiu convencido por este ou por aquele. Que triste realidade! 
Quem ganhar vai dizer que tudo estará melhor, mesmo sabendo que não é bem assim. Quem perder vai dizer que tudo estará infinitamente pior, mesmo sabendo que não é bem assim. Então, se este é um jogo de cartas marcadas, chego a me perguntar, para quê jogar? 
Jogar porque está é a última rodada que nos resta. Depois desta, só daqui há 4 anos. Jogar porque ainda há esperança na vitória. Jogar porque quem está em jogo é o nosso próprio destino. 
Que nossos valores estejam além dos favores trocados e dos prazeres miúdos. Que nossas intenções sejam mais nobres que nossas vaidades.  Que saibamos colocar o nosso país à frente dos nossos caprichos. Quem sabe assim não conseguimos discernir os verdadeiramente bons, dentre tantos ruins?
Que a nossa maturidade prevaleça. Que a nossa dignidade seja resgatada. Que nossas vaidades sejam sucumbidas pelo amor genuíno à nossa Pátria. E que amanhã, tenhamos a decência de não entregar a Deus, aquilo que esteve em nossas mãos, e não fizemos nada para mudar. Afinal, se Deus é brasileiro e não é candidato, Ele também deve estar na mesma situação que nós.

Leila Rodrigues
Publicado no Jornal Agora Divinópolis em 03 de outubro de 2018
Imagem: internet

Olá pessoal,

Opinião e escolha, são direitos sagrados de cada um. Assim como não gosto de ser “invadida" do meu direito de escolha, todo o cuidado de não “invadir” a escolha alheia. Relutei antes de escrever este texto, mesmo porque, quem me conhece sabe que, política, religião e futebol eu nunca trato neste espaço. 
Espero não ter ferido suas sagradas escolhas, nem tampouco, denegrido esta ou aquela opção. Somos todos brasileiros, todos necessitados de dias melhores. 
Que vença o, verdadeiramente, melhor!!!!

Grande abraço


Leila Rodrigues

Um comentário:

  1. Belíssima crônica! Que Deus ilumine a mente de cada brasileiro para que possa dirigir o destino do nosso país com sabedoria e muito amor à Patria. Grande abraço

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