Eu juro que tentei mas não consegui dar conta de tudo neste Natal. Foram tantas mensagens, tantos vídeos e textos que eu quase tive uma overdose “natalística". Confesso, não consegui ler com a merecida calma todos os textos assim como não consegui desejar aquele Feliz Natal que eu gostaria a todos os meus amigos. Chego à conclusão de que eu não sei viver tecnologicamente ainda. Essa coisa de ter que estar em tudo, lembrar de tudo, curtir e compartilhar tudo dá muito trabalho. Não sei curtir sem ler de verdade, não sei ser rasa a tal ponto. Sei que a intenção de todos foi ótima e que todas as mensagens tinham uma lição interessante. Agradeço de coração todas as manifestações mas eu precisava de um limite. Então desejei do fundo do meu coração boas e felizes festas a todos que estavam perto e que estavam longe, porém optei por curtir quem estava do meu lado ou na mesma casa que eu e compartilhar com eles a minha alegria. Optei por mais presenças que presentes, por vozes, risos e abraços.
Vem aí o segundo round desta festa. Hora de fechar um ciclo e automaticamente iniciar outro. Difícil não é?! Principalmente porque estamos falando de pessoas que não dispõe da tecla limpar/recomeçar implantada na cabeça. O nosso botão liga/desliga quebrou no momento que conectou com nossas emoções. Dispomos sim dos antepassados que formam nossas raízes. Dispomos de memórias, histórias e sentimentos que formam quem somos hoje.
Daqui a pouco muda o calendário e nós, naturalmente renovamos nossos propósitos, traçamos nossas metas e refazemos nossas listas de intenções. Isso não significa que zeramos nossas contas nem que apagamos nossa história até aqui. Também não estamos falando de uma versão nova de nós mesmos a partir do dia primeiro como se fossemos um celular que chegou com melhorias programadas para vencer a concorrência. Não somos tão desumanos assim. Vivenciar o novo ciclo é apenas o nosso jeito humano de aproveitar a matemática do calendário para dar a nós mesmos um sentido de recomeço. Recomeçar é preciso. Andemos pois. Afinal, enquanto estivermos por aqui é porque ainda há estrada a caminhar.
Leila Rodrigues
Publicado no Jornal Agora Divinópolis
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Olá pessoal
Último post do ano. Hora de trocar o calendário, de mudar o número no talão de cheque, nas contas do mês, na lista de prioridades. Olhando assim tudo tão matemático! Tão previsível; não fosse o fato de sermos pessoas e como tal em constante busca da evolução. Cada um a seu modo, com o arsenal que tem busca ser feliz e evoluir. Sendo assim, usufruir da mudança dos números para renovar alguma coisa em nós é sempre uma ajuda a mais.
Sem promessas absurdas, sem expectativas milagrosas eu desejo que você receba 2017 com todas as boas energias do universo, disposição saúde.
Esteja em paz, seja sobretudo uma boa companhia para você mesmo porque a partir daí, amar e respeitar o próximo será mera consequência.
Muito obrigada pela visita aqui no Palavras, pelos minutos do seu tempo precioso que você investiu aqui.
Um grande e caloroso abraço e um 2017 pleno
Leila Rodrigues