Sei que hoje existem mecanismos que permitem
que o casal escolha o sexo do bebê. Eu sou das antigas, não escolhi. Meus
meninos chegaram e pronto. Eu os recebi e os amei assim, meninos. E quem tem
meninos vai entender bem a minha fala.
Ser mãe de meninos é algo inexplicavelmente
bom. É conviver com um universo diferente, prático, rápido e sem muitas
firulas. Quem tem a possibilidade de crescer com meninos, como eu, pode dizer
que tem graduação em praticidade.
Eu fui criada no meio de meninos e hoje tenho
a honra de viver com meus três meninos. Meu marido e meus filhos. Criar um
menino é preparar um homem. E viver no meio deles é viver uma filmagem de
Indiana Jones em tempo real. É almoçar de segunda a sexta assistindo a algum
programa de esporte, ou a todos, ou àquele que estiver falando do time favorito
deles. E aprender que quando o time perde, melhor não tocar no assunto,
discutir neste momento é piorar a situação.
Ser mãe de meninos é entender que eles
realmente nunca vão dobrar uma roupa com perfeição. A não ser que sejam
profissionais da moda, isso é realmente irrelevante para eles. Aliás, para eles
roupa deveria ser algo descartável. Ser mãe de menino é compreender que o
silêncio quer dizer silêncio e não falta de colo ou de perguntas que nos levem
a algum problema. Simples assim. Ser mãe de menino é entender que a tampa do
vaso é um entrave e que condicionador de cabelos para eles é tudo igual. Como
são iguais todos os tons de rosa, de azul ou de cinza.
Ser mãe de menino é morrer de ciúmes de cada
mulher que se aproxime deles e que tenha alguma, a mínima que seja chance de
ser a mulher da vida deles. É achar todas as meninas espertas demais para os
nossos “pequenos”, mesmo que de pequenos eles não tenham mais nada.
Ser mãe de menino é incorporar no vocabulário
os nomes dos games, dos jogadores de futebol, da marca do boné ou do computador
mais novo. E descobrir que tudo isso faz de mim uma pessoa mais prática, mais forte e indiscutivelmente mais mulher.
Ser mãe de menino é entender que saltar, pular
e lutar fazem parte do cotidiano deles. E que mesmo que eles rolem no chão,
eles não vão se matar. É entrar na brincadeira, ser a prisioneira e deixar o
mocinho te salvar. E quando bater aquela falta de um colo, sentir a mão quentinha
deles no nosso ombro e ouvi-los dizer timidamente que tudo vai ficar bem.
Leila Rodrigues
Olá pessoal,
Sou
realmente uma pessoa rodeada de meninos. Nasci no meio deles, cresci com eles,
me casei com um, tenho dois filhos e trabalho com um monte de rapazes. Incrível
como isso muda a gente. A primeira vez que percebi foi em uma loja com duas
amigas onde eu gastei 5 minutos para escolher uma roupa e elas me olharam
espantadíssimas!!! Daí para frente eu comecei a observar e hoje convivo e
aceito todo seu aprendizado de bom grado. Na foto eu e meus meninos, meus amores.
Grande
abraço
Leila Rodrigues