Aos 15 anos ela queria ser uma mulher famosa. Dessas que atuam na TV ou cinema. Quem sabe uma blogueira com milhares de fãs? Fama, sucesso, holofote e atenção da mídia era tudo que ela considerava importante para ser feliz. Tentou. Tentou, se esforçou, gastou, investiu, insistiu, pelejou o quanto teve forças. E descobriu a felicidade sendo uma pessoa comum.
Aos 25 anos ela queria ser uma mulher perfeita. Perfeita daquelas de parar o trânsito. Corpão, cabelão, peitão, pernão e todos os superlativos que se pode atribuir à mulher brasileira juntos. Ser amada, desejada e idolatrada por muitos. Tentou. Tentou, se esforçou, investiu, insistiu, pelejou o quanto teve forças. E descobriu a felicidade sendo uma pessoa comum.
Aos 35 anos ela queria ser uma mulher rica. Rica daquelas que tem mansões e fazendas. Rica daquelas que investem na bolsa e compram uma bolsa Prada quando têm vontade. Rica daquelas que conhecem o mundo inteiro. Tentou. Tentou, trabalhou, esforçou, investiu, comprou, vendeu, insistiu, pelejou o quanto teve forças. E descobriu a felicidade sendo uma pessoa comum.
No fundo ela quis com todas as suas forças ser uma mulher bem-sucedida em alguma coisa. Em alguma coisa diferente da sua mãe, da sua vó ou das suas tias. Ela queria fazer a diferença na vida dos outros. Ela só não queria repetir o mesmo caminho comum daquelas mulheres.
Na contramão dos seus sonhos, entre tentativas e derrapadas, ela amou muitas vezes, desistiu e recomeçou outras tantas vezes também. Se apaixonou, se casou, teve filhos, se separou, sobreviveu, estudou, amou de novo, venceu e se percebeu feliz vivendo casa fase que se apresentou em sua vida. Já não pensava mais na fama, no dinheiro ou na perfeição. Aprendera a ser feliz independente deles.
Nada contra quem é perfeita, quem fica rica ou quem é famosa; o importante nesta vida é não ter que tomar Rivotril pra ser feliz. É encontrar o seu momento de ser apenas uma pessoa, uma mulher como todas as outras.
Afinal, é a única coisa que realmente somos, mulheres. O resto apenas estamos.
Leila Rodrigues
Publicada Revista Xeque Mate
Imagem: https://www.consueloblog.com/video-das-3-geracoes-em-londres-costanza-allegra-e-consuelo/
Escolhi esta imagem porque sou uma admiradora da Constanza e agora também da Consuelo, sua filha.
Olá pessoal,
Em assim, no ultimo fim de semana de Março, ofereço esse texto em homenagem às mulheres! A todas vocês, a minha admiração e o meu respeito. Eu sei, que em cada uma de vocês, existe uma linda história para contar.
Todos os dias, todos os meses são nossos!
Grande abraço
Leila Rodrigues