Climatério
Desconfio de mim
Da autoridade que revelo e não possuo
Da criança que alimento e não faço ver
Qual de mim será aquela que valha a pena ser?
Desconfio dela
Dessa identidade desbotada que carrego
Carimbada em cima de muitos anos atrás
Como se o tempo não soubesse desbotar as almas
Não me reconheço ali
Nem tampouco espero me reconhecer acolá
Desconfio dele
Desconfio que meu coração me engana
Ele já não se encanta tanto pelos homens
Como se encanta com os pardais na cerca pela manhã
Mas ainda resta um pouco de lucidez
Aquela que não me deixa sair por aí
A girar de alegria quando meu manacá floresce
Leila Rodrigues
As mudanças e o que fazemos delas.
ResponderExcluirBonita construção/inspiração.
O final ficou perfeito na readaptação e sensibilidade.
Abraços.
ResponderExcluirVim conferir sua veia poética e adorei o estilo e inspiração.
Lindo!
Parabéns!
Beijo.
Parabéns!!
ResponderExcluirParabéns!!!!!
ResponderExcluirParabéns!!!!!!!
ResponderExcluirComo entendo esse "climatério"!❤ E, confesso, lucidez à parte, eu "giro" sim com a alegria dos manacás,dos beijinhos, das orquídeas! Amei!
ResponderExcluirObrigada por compartilhar!
Um abraço,
Maria Cristina
Como entendo esse "climatério"!❤ E, confesso, lucidez à parte, eu "giro" sim com a alegria dos manacás,dos beijinhos, das orquídeas! Amei!
ResponderExcluirObrigada por compartilhar!
Um abraço,
Maria Cristina
Poema em que a autora se dá conta de si própria e da evolução que naturalmente acompanha todo o ser humano ao longo da vida.
ResponderExcluirSaudações poéticas
Juvenal Nunes