Era para ser um domingo como outro qualquer, mas um convite inusitado me fez mudar a minha rotina e atravessar o centro da cidade às 06:30 da manhã daquele domingo. Luiza nasceria bem cedinho e eu fui convidada a assistir o parto. Eu já havia assistido outros partos, mas este é um convite que nunca recuso. É um privilégio participar desse momento mágico que é a chegada de um novo ser neste nosso mundo.
Família reunida, mamãe e papai aflitos e ao mesmo tempo felizes, despedidas e selfies antes dos pais atravessarem para o lado proibido, a sala de cirurgia. Era o quarto bebê da família. Um ato de coragem e amor dos pais para os padrões do nosso país que não quer saber de família "grande". E pensar que antes as famílias tinham oito, dez filhos!
Família reunida, mamãe e papai aflitos e ao mesmo tempo felizes, despedidas e selfies antes dos pais atravessarem para o lado proibido, a sala de cirurgia. Era o quarto bebê da família. Um ato de coragem e amor dos pais para os padrões do nosso país que não quer saber de família "grande". E pensar que antes as famílias tinham oito, dez filhos!
Ela chegou como chegam os bebês, chorando. E nós que disputávamos o espaço da minúscula salinha de "assistir parto" choramos de emoção com sua chegada. Mas eu, surpreendendo a mim mesma, chorei mais que o costumado choro de emoção.
Chorei de alegria por ter participado de um momento mágico como esse. Chorei quando vi naquele pequenino ser um livro em branco que começava a ser escrito. Enquanto eu observava Luiza ter seus primeiros contatos com este nosso mundo, recostei no sofá e deixei as minhas lágrimas rolarem soltas pelo meu rosto. Todos estavam ocupados demais com a pequena Luiza e eu podia curtir todos os sentimentos daquele momento do meu jeito. Era um choro bom! Um choro pela vida.
Chorei os filhos que não tive coragem de ter porque o trabalho e o resultado foram mais importantes naquele determinado momento da minha história. Chorei a saudade dos meus filhos pequenos necessitando dos meus cuidados. Chorei a fragilidade e a grandeza daquele bebê ainda tão recente e capaz de despertar em mim sentimentos guardados por tantos anos.
O pai de Luiza a trouxe para bem perto de nós e pude observar seu rostinho delicado pronto para viver mais uma história de amor.
Voltei para casa pensando e desejando as melhores e mais puras energias para aquela pequena. Inspirada em Luiza cheguei à conclusão de que eu não posso começar um livro novo, mas posso virar a página e escrever um novo capítulo. Sempre haverá algo a renascer dentro de nós!
Chorei de alegria por ter participado de um momento mágico como esse. Chorei quando vi naquele pequenino ser um livro em branco que começava a ser escrito. Enquanto eu observava Luiza ter seus primeiros contatos com este nosso mundo, recostei no sofá e deixei as minhas lágrimas rolarem soltas pelo meu rosto. Todos estavam ocupados demais com a pequena Luiza e eu podia curtir todos os sentimentos daquele momento do meu jeito. Era um choro bom! Um choro pela vida.
Chorei os filhos que não tive coragem de ter porque o trabalho e o resultado foram mais importantes naquele determinado momento da minha história. Chorei a saudade dos meus filhos pequenos necessitando dos meus cuidados. Chorei a fragilidade e a grandeza daquele bebê ainda tão recente e capaz de despertar em mim sentimentos guardados por tantos anos.
O pai de Luiza a trouxe para bem perto de nós e pude observar seu rostinho delicado pronto para viver mais uma história de amor.
Voltei para casa pensando e desejando as melhores e mais puras energias para aquela pequena. Inspirada em Luiza cheguei à conclusão de que eu não posso começar um livro novo, mas posso virar a página e escrever um novo capítulo. Sempre haverá algo a renascer dentro de nós!
Leila Rodrigues
Publicado no Jornal Agora Divinópolis e no JC Arcos
Imagem gentilmente cedida pela mãe de Luiza - Rita Viana
Olá pessoal,
essa doçura de bebê da foto é Luiza. A razão desta crônica. Não há nada mais apaziguador para os nossos corações apressados que ver um bebê dormir. É tão profundo e ao mesmo tempo tão leve que nos remete automaticamente à paz. Que possamos sempre enxergar nos bebês a esperança de uma geração melhor que consequentemente construirá um mundo melhor.
Grande abraço, obrigada pela visita
Leila Rodrigues
Ola Leila, uma cronica emotiva com belas reflexões.
ResponderExcluirPerfeita colocação,virar a pagina e escrever um novo capítulo, isto faz a vida tomar sentido e nesta missão do novo um reacender de esperanças de um belo fechamento.
Linda a Luisa e que ela possa encontrar um caminho melhor nesta vida e que os anjos a ilumine. Uma criança é um elo da esperança.
Uma linda semana de paz.
Meu carinhoso abraço.
Oi Toninho, obrigada pela visita e pelo comentário. Tive problemas com o blog e só hoje tive condições de agradecer. Seja sempre bem-vindo aqui. Grande abraço
ExcluirBebês que chegam nos emocionam sempre! Ternura, doçura, tanto amor envolvido! Que Luisa seja muito feliz sempre! bjs, tudo de bom,chica
ResponderExcluirValeu Chica. Bjs
ExcluirOlá, Leila.
ResponderExcluirE viva a vida! Viva as possibilidades de nascer e estar aqui escrevendo o próprio destino e interagindo com tudo e todos, aprendendo e evoluindo, construindo um caminhar.
Um abração e uma boa semana.
Oi Antonio, obrigada pela visita e pelo comentário. Tive problemas com o blog e só hoje tive condições de agradecer. Seja sempre bem-vindo aqui. Grande abraço
ExcluirBem-vinda seja, Luiza! Há um mundo todinho à sua espera! Seja muito feliz!
ResponderExcluirE, você Leila, é muito jovem para muitos outros capítulos lindos como essa narrativa emocionante e encantadora! Parabéns!
Abraço.
Oi Célia, por problemas com o blogger só hoje pude agradecer a visita e o comentário. Muito obrigada.
ExcluirGrande abraço
Que lindo e emocionante relato! Tão sensível que estou daqui desejando boas vindas à Luiza e desejando muita inspiração para você em novos capítulos, sempre renascendo o melhor em nós!
ResponderExcluirBeijo
Oi Ana Paula, tive problemas com o blogger e só hoje consegui responder. Obrigada pela visita e pelos comentários. Seja sempre bem-vinda aqui.
ExcluirGrande abraço
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