Duas
amigas de longa data se encontraram para um café. Enquanto bebericavam e
jogavam conversa fora a filosofia surgiu.
- O contrário de evoluir é o quê?
- O contrário de evoluir é “involuir”. Por quê?
- Às vezes eu acho que estamos “involuindo”.
- Como assim? Estamos andando de ré? Fale-me mais sobre isso amiga.
- Veja bem, antigamente, lá no tempo de nossas mães, qual era a coisa mais importante do mundo para uma mulher?
- Essa é fácil. Nos tempos de nossas mães, o grande desejo das mulheres era casar. As mulheres eram criadas para isso. Estou certa?
- Você está certíssima. Toda mulher queria se casar e ter filhos. Mas aí veio a revolução feminina, teve aquele negócio de queimar o sutiã e o que foi que passou a ser a coisa mais importante do mundo?
- Bom, depois de tirar o sutiã, a coisa mais importante do mundo para as mulheres passou a ser a carreira.
- Você acertou de novo. Quando fomos para a faculdade. Lembra? O que escolher, para onde ir. Muito bom! Mas e o que aconteceu depois da carreira?
- Depois da carreira a mulher quis decidir a própria vida. Ela aprendeu a pedir divórcio, aprendeu a não aceitar a violência, aprendeu que podia fazer escolhas.
- Lindo! Maravilhoso! Isso é que é evolução! Foi nessa época que a Glorinha se divorciou do Paulo, a Mariana foi viver com o Francisco. Bons tempos também! E aí veio o que?
- Ah minha amiga, depois veio a era das atitudes. Carreira, marido, filhos, opção sexual, negócios, religião. A mulher aprendeu a ter opinião, escolher e agir. Acho que essa foi a nossa maior evolução.
- Mas e depois disso?
- Depois disso é agora. O que é mais importante na vida de uma mulher hoje? Confesso que não sei. Fiquei confusa.
- Você está ficando velha mesmo! Não reparou? Depois de tantos anos evoluindo a mulher acaba de decretar que fazer escolhas, carreira, dinheiro, filhos, marido, diploma, prazer... tudo isso ficou secundário. Na era da beleza, a coisa mais importante na vida de uma mulher é ser magra. Depois de ser magra, é importante ter cabelos lisos e depois dos cabelos lisos... Aí você já sabe!
- Ô dó! Estavam indo tão bem...
- O contrário de evoluir é o quê?
- O contrário de evoluir é “involuir”. Por quê?
- Às vezes eu acho que estamos “involuindo”.
- Como assim? Estamos andando de ré? Fale-me mais sobre isso amiga.
- Veja bem, antigamente, lá no tempo de nossas mães, qual era a coisa mais importante do mundo para uma mulher?
- Essa é fácil. Nos tempos de nossas mães, o grande desejo das mulheres era casar. As mulheres eram criadas para isso. Estou certa?
- Você está certíssima. Toda mulher queria se casar e ter filhos. Mas aí veio a revolução feminina, teve aquele negócio de queimar o sutiã e o que foi que passou a ser a coisa mais importante do mundo?
- Bom, depois de tirar o sutiã, a coisa mais importante do mundo para as mulheres passou a ser a carreira.
- Você acertou de novo. Quando fomos para a faculdade. Lembra? O que escolher, para onde ir. Muito bom! Mas e o que aconteceu depois da carreira?
- Depois da carreira a mulher quis decidir a própria vida. Ela aprendeu a pedir divórcio, aprendeu a não aceitar a violência, aprendeu que podia fazer escolhas.
- Lindo! Maravilhoso! Isso é que é evolução! Foi nessa época que a Glorinha se divorciou do Paulo, a Mariana foi viver com o Francisco. Bons tempos também! E aí veio o que?
- Ah minha amiga, depois veio a era das atitudes. Carreira, marido, filhos, opção sexual, negócios, religião. A mulher aprendeu a ter opinião, escolher e agir. Acho que essa foi a nossa maior evolução.
- Mas e depois disso?
- Depois disso é agora. O que é mais importante na vida de uma mulher hoje? Confesso que não sei. Fiquei confusa.
- Você está ficando velha mesmo! Não reparou? Depois de tantos anos evoluindo a mulher acaba de decretar que fazer escolhas, carreira, dinheiro, filhos, marido, diploma, prazer... tudo isso ficou secundário. Na era da beleza, a coisa mais importante na vida de uma mulher é ser magra. Depois de ser magra, é importante ter cabelos lisos e depois dos cabelos lisos... Aí você já sabe!
- Ô dó! Estavam indo tão bem...
Leila Rodrigues
Imagem
retirada da internet: Marieta Severo e Andréa Beltrão na peça “As Centenárias”
Leilamiga
ResponderExcluirDeixa que recorra à Wikipédia. Mesmo que não deixes... recorro...
Uma mulher (do latim muliere ) é um ser humano adulto do sexo feminino. Na infância, normalmente é denominada em português como "menina" e, na adolescência, como "moça"ou "rapariga". O termo "mulher" é usado para indicar tanto distinções sexuais biológicas quanto distinções nos papéis sócio-culturais.
Segundo a Bíblia, a mulher foi feita a partir uma costela de Adão, significando, com isso, que ela é a companheira, ou seja, está a seu lado, tal qual as costelas. O osso da costela alude à igualdade entre homem e mulher, dado que não foi utilizado um osso inferior (um osso do pé, por exemplo), nem um osso superior (do crânio, por exemplo), mas sim um osso do lado. Outra interpretação, em sintonia com a primeira, lembra que a mulher é protectora da vida, dado que os ossos da costela protegem o coração.
Posto isto, o meu comentário é que o texto é maravilhosa, mas a foto consegue superá-lo; não, equivalem-se. Muitos parabéns
Qjs
rssssssssss...Que maravilha te ler! E tens toda razão! As expectativas foram mudando, mudando e hoje, parece que muitas as colocam apenas e tão somente em futilidades! beijos,linda semana,chica
ResponderExcluirolá...
ResponderExcluirobrigada pela visita e carinho.
deixe teu e-mail que encaminho para a Lunna Guedes,que está responsável pelos Cadernos.
Vou conhecer tudo por aqui..
beijinhos e fique à vontade por lá..
o meu é ingc2757@gmail.com
Leila! Esse cafezinho entre amigas, com certeza foi com adoçante, sem cafeína, e/ou glúten... kkkk... Ah! As mulheres - nós somos uma caixinha de surpresas - e, quando atacadas pela TPM - ai então é melhor manter certa distância... Apesar de ter queimado o sutiã, percorrido faculdades, carreira, ter marido e filhos, não devolvo a "bendita costela" da qual somos eternamente cobradas... Afinal, já pagamos altos dividendos pela mesma! Adoro a minha vida de mulher!
ResponderExcluirBeijo.
A mulher ainda tem muito que conquistar. A beleza (critério de cada um) sempre fez parte do pacote feminino. A única espécie dos seres vivos que é mais bonita que o macho.
ResponderExcluirLembrando que temos que combater mundialmente a violência contra a mulher.
Uma crônica sensacional que deveria ser lida por todos - bela crítica.
Um beijo grande
ResponderExcluirOi Leila,
Sensacional o diálogo-rsrs.
Involuir não é o caso, evidentemente, pois a evolução não regride, só que alguns valores estão tomando uma proporção catastrófica, como esta de algumas mulheres emprestar significado maior ao que é de somenos importância.
Adorei a leitura.
Beijo.
Eu estou como o Henrique, se o texto é bom a imagem é maravilhosa.
ResponderExcluirBelíssimo, irónico mas tão real.
Parabéns Leila!
Oi Leila, mais um texto sensacional encontro aqui! Há tempos faço essa mesma reflexão das amigas: me pergunto porque gritamos hoje em dia. Qual a nobre causa destes tempos em que vivemos? Se casamento, filho, carreira, sucesso, liberdade não é o suficiente para a realização feminina, o que será?! Tenho medo de nos perdermos, clamando por banalidades, enquanto jogamos num canto pouco visitado de nossas vidas aquilo pelo que tanto se batalhou em outros tempos...
ResponderExcluirPerfeita sua reflexão! Beijos.
Ola,realmente uma sábia e interessante conversa entre as duas amigas.Foi ótimo de ler.Grande abraço.SU
ResponderExcluirOlá, Leila.
ResponderExcluirMuito bom! Para muitas, de fato, a evolução parou no fútil modismo que dita coisas tão estranhas: A tirania das balanças, o despotismo das dietas loucas, a obsessão do corpo perfeito, cosméticos, implantes, tratamentos, panaceias, mágicas cirurgias...
Um abração.
Ola é um prazer conhecer seu blog, tem coias
ResponderExcluirlindas, gostei e já vou te seguindo, td de muito bom
gosto, deixo um abraço com carinho e um convite para
tomar um café comigo bjusssss
♡°º•.¸Rita!!!!
http://cantinhovirtualdarita.blogspot.com.br/
Adorei conhecer esse trecho da peça.que não assisti.abraços carinhosos
ResponderExcluirAs mulheres sempre nos surpreendem...e então a tomar café rsrsr
ResponderExcluirVim conhecer o cantinho e gostei. Já sigo.
Beijinho
Olá prezada Leila, e que tudo esteja bem!
ResponderExcluirEu penso que não somente a mulher, mas, o ser humano como um todo, nós buscamos tanto a tal evolução e sempre que a encontramos nos perdemos com o achado pelo caminho errado, e assim seguimos sempre buscando, a novidade velha!
Mas, cá tuas postagens não nos deixa se perdermos do prazer que é cá estar, obrigado por compartilhar, e também pelas gentis visitas e comentários. E grato eu deixo cá meu desejo para que seja sempre de intensa felicidade este teu viver, um grande abraço e até mais!
Leila querida!
ResponderExcluirtexto muito bem escrito, como já é habitual teu, além disso, uma boa dose de humor em sua reflexão. Gostei bastante!
Pois é, Leila, a questão toda é procurar a dignidade como mulher. Essa discussão do gênero é antiga, muito antiga, e as mulheres, de certa forma, tem evoluído em diversos aspectos, mas não é regra, há exceções quando não se reflete ou se leva a sério coisas mais profundas, a própria identidade que fica dispersa em detrimento de uma suposta futilidade.
Beijos muitos!
Sensacional! Será que nada mais há a conquistar senão futilidades?
ResponderExcluirExiste, sim, porque não alcançamos o patamar ideal do respeito e da manutenção da dignidade.
Desejo-lhe um maravilhoso Natal, em clima de amor e harmonia, ao lado dos que lhe são queridos. E que 2014 chegue iluminado, mostrando a todos os verdadeiros caminhos. Bjs.