sábado, 25 de maio de 2019

Sem Resposta




Eu procurava respostas para as minhas tantas perguntas. Procurei nos livros, devorei cada um deles como se eles fossem um prato suculento de aprendizado. E ainda que eles (os livros) fossem realmente esse prato de conhecimento, minhas perguntas continuavam sem respostas.

Viajei, atravessei os portões do meu país e conheci outras culturas. Povos sábios, povos ricos, educados e civilizados, bem mais que eu. Eles me pareciam felizes, mas ainda assim aquela felicidade não respondia às minhas perguntas.

E então recorri à tecnologia, à psicologia, à terapia e todas as “ias” que surgiram ao meu redor. Confesso que respondi muitas das minhas perguntas, mas para meu desespero, outras tantas surgiram. E quanto mais eu procurava respostas, mais encontrava novas perguntas.

Perguntei aos astros, perguntei ao céu. Perguntei a Deus, aos anjos e a diversos Santos que eu sequer sabia quem foram. Debulhei meu terço e aguardei na janela as respostas que nunca chegaram.

Foi aí que eu percebi que quem me moveu até aqui, sempre foram minhas perguntas. As respostas estão no caminho e, mais cedo ou mais tarde, se apresentarão para cada um de nós. Todas as minhas perguntas haviam sido respondidas no dia certo e do jeito certo. Eu é que tive dificuldade de aceitar e compreender as respostas que não correspondiam às minhas expectativas.

Hoje coleciono dúvidas, digo que “não sei”, acredito que ainda posso aprender e sigo na certeza de que tudo será respondido a seu modo. Simples assim!

Leila Rodrigues
Fonte imagem: www.intelijur.com.br


Quanto maior a “sede” na procura de respostas, menos conseguimos enxerga-las. As respostas estão pelo caminho.
Grande Abraço

Leila Rodrigues 

Um comentário:

  1. Perfeito! Não são as respostas que nos movem, mas as perguntas, a indagação, a cognição permanente, a inquietação. Assim como não é a chegada, mas a caminhada é que nos faz felizes e fortes.

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