Eu já fui uma pessoa mais decidida; daquelas que arriscavam sem pensar e na manhã seguinte esperava as consequências de peito aberto pronta para a briga. Hoje penso mais antes de alguma decisão e não sinto vontade de brigar com as consequências como se a vida fosse um ring. Procuro decidir pela coerência e espero o dia seguinte com o coração mais tranquilo.
Eu já fui uma pessoa mais animada; daquelas que virava a noite na festa e que dançava como se a música fosse acabar. Foi um tempo ótimo, do qual eu tenho lembranças maravilhosas. Mas hoje prefiro os encontros onde eu conheço as pessoas. Assim eu posso dançar, cantar, sorrir e saborear os sorrisos alheios porque eles são para mim também. A reciprocidade ficou mais importante que a quantidade de pessoas.
Eu já fui uma pessoa mais vaidosa, daquelas que investia alto em uma produção. Mas isso foi no tempo em que eu tinha uma preocupação grande em agradar, não era natural. Hoje me cuido porque me amo, não para conseguir uma nota boa de quem passa por mim. Hoje cuidar de mim tem a ver com saúde, bem estar, qualidade de vida. O que o outro pensa disso não me afeta mais.
Ah eu também já fui uma pessoa mais disposta; daquelas que matavam o mamute, alimentava o leão e ainda corria para cuidar dos filhotes. E sei que o fiz porque era necessário. Mas o tempo traz limites e hoje a minha linha de chegada não é a mesma dos outros. Aprendi ler e respeitar os meus próprios sinais.
O tempo é o senhor do mais ou menos. Nos transforma em mais ou menos alguma coisa. Menos exigente, mais cauteloso, menos apressado, mais coerente. Mais humano, menos resistente. Mais maduros e menos vaidosos. O tempo nos faz gostar de poesia, de por-do-sol, de sábado à tarde. Coisas que você não observa quando está ocupado demais em subir suas escadas.
Ânimo, vaidade e disposição não morreram em mim. Eu continuo uma pessoa animada, disposta e decidida. Mudei minhas expectativas, mudei meu olhar e hoje exijo que as minhas atitudes respeitem meus valores. Se preciso for decido em segundos; se a festa for muito boa fico até amanhecer e se for para defender meus propósitos eu mato o leão e a família inteira dele. Desde que isto tenha sido uma decisão minha, fruto de uma conversa boa entre eu e eu mesma. Eu decido em que vou ser mais ou menos. Eu conduzo as minhas rédeas e viver ficou bem melhor assim.
Leila Rodrigues
Olá pessoal,
Um dia mais disposto outro menos animado, um dia mais forte outro menos exigente. Assim vamos vivendo, equilibrando nossos mais e menos. Que tenhamos mais saúde, mais discernimento e sabedoria para fazer nossas escolhas e cada vez menos arrogância e apego.
Boa semana! Grande abraço
Leila Rodrigues
Olá Leila gostei muito do que li, afinal os nossos valores
ResponderExcluirmudam com nossa vivência, experiências boas ou más.
É assim que caminha a procissão da vida.
beijinhos, Léah
Creio ser essa a medida certa para se viver bem e, com dignidade agradecendo sempre todas as possibilidades.
ResponderExcluirAbraço.
Taí um belíssima crônica da mulher madura! Penso entre tantas crônicas sensacionais que li aqui, essa seja a eleita! Por quê? Porque tem tudo a ver comigo. Gostaria de tê-la escrito...
ResponderExcluirBeijo, querida amiga, você está cada dia melhor!
Passando para desejar um bom natal, com Noel ou não, mas repleto de Jesus em cada mente e coração. Que o esperançar de novos dias, traga um renovado e renovador ano, pleno de possibilidades, transbordante de paz,saúde, prosperidade e muito amor para você, seus parentes, amigos, vizinhos e toda nossa “aldeia planetária”.
ResponderExcluirUm fraterno e grande abraço. Com as minhas sinceras vibrações por tempos melhores para todos nós.
Não vou te dedicar uma mensagem específica, mas um escrito de natal ou ano novo, selecionado “aleatoriamente” pelo sistema em:
http://www.aponarte.com.br/2016/12/mensagens-natal-ano-novo-sorteadas.html
Espero que goste.
Bom natal e melhor ano novo!